sábado, 21 de novembro de 2015

TIREOIDECTOMIA (Relato Pessoal)

PARTE 1
Resolvi fazer o relato da cirurgia a que me submeti, pois pode ajudar outras pessoas que porventura tenham que se submeter a este procedimento.
Hoje completa 2 meses que tive que me submeter a cirurgia de tireoidectomia total.
Ao chegar de uma viagem em agosto passado, fiz os exames de rotina da tireoide e como já fazia algum tempo da última punção dos nódulos, fiz também e o resultado foi desanimador, com o diagnóstico de suspeita de malignidade (grau 4).
A médica endocrinologista com que eu consulto aqui em Goiânia (Dra. Lilian) fez os esclarecimentos necessários e recomendou que quanto mais cedo eu fizesse a cirurgia, melhor seria a probabilidade de cura.
Não perdi tempo e fui atrás do cirurgião de cabeça e pescoço que ela indicou, Dr. José Carlos, que por sinal um excelente profissional. Não usei nem o plano de saúde e fiz a consulta particular para ganhar tempo. De posse da relação de exames pré-operatórios, corri atrás e no dia 21 de setembro passado me internei no Hospital Araújo Jorge para o procedimento. Confesso que ao adentrar à unidade me deu um desânimo devido ao número de gente e as condições adversas que a maioria se encontrava. Com certeza eram pacientes que não tinham planos de saúde e tinham que se submeter a estas condições.
Entrei para a sala de cirurgia por volta da 11h e só retornei ao quarto quase às 16h, devido a recuperação do efeito da anestesia e da própria cirurgia que é feito num ambiente próprio.
Enquanto se está sob o efeito da anestesia é tudo de bom, mas a medida que se volta ao normal começa, não vou dizer sofrimento porque ainda não o é, mas os incômodos do edema em torno do pescoço e da pressão na traqueia que trás uma impressão que você está sendo enforcado.
Na primeira noite, de 20 em 20 minutos tem-se que bombear manualmente um dreno que fica colocado ao lado do corte para retirar o sangue e líquido remanescente da cirurgia, se bem que isso não é atrapalho já que não se consegue dormir mesmo.
Dia seguinte, próximo a hora do almoço, o médico faz um exame rápido e vê que tudo está bem resolvendo assim liberar a alta. O curativo é trocado e o dreno retirado e ai vem a parte "boa": com uma gaze enrolada o médico pressiona o edema, massageando-o de lado a lado. Pense numa dor!
Voltando um pouco, o declínio emocional começa quando você recebe o diagnóstico da moléstia. Mil e uma coisas passam pela cabeça e sempre ruins. Por mais que você queira pensar positivo, os maus pensamentos predominam.
Com alguns dias, você vai assimilando e no meu caso, procurei ler tudo a respeito sobre a doença, cirurgia, pós e manutenção.
A ajuda da família é fundamental para você conseguir correr atrás dos exames, autorizações, etc.
Como notícia ruim nunca vem só, fui diagnosticado logo após receber a notícia, com uma pangastrite severa e esofagite. Sempre tive gastrite e o meu emocional abalado deve ter contribuído para a piora. Numa noite, acordei na madrugado suando, com a pressão alta e uma sensação de pânico e o jeito foi ir bater na emergência do Hospital Amparo em Goiânia, onde depois de medicado, fiz exames e saiu o diagnóstico gástrico.


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