sexta-feira, 2 de julho de 2021

 https://contilnetnoticias.com.br/2021/07/cirurgia-robotica-arranca-a-tireoide-doente-sem-cortar-nem-furar-o-pescoco/

Cirurgia robótica arranca a tireoide doente sem cortar nem furar o pescoço

A vantagem visível da cirurgia robótica de tireoide é ficar sem qualquer marca no pescoço

Ao entrar no centro cirúrgico do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, sabia que assistiria a um novo procedimento com tecnologia robótica para a retirada de uma tireoide acometida por um tumor. E era tudo. Não tinha um pingo de informação a mais.

E, portanto, fui preparada para encarar o corte clássico desse tipo de operação, com seus cerca de 5 centímetros, rasgando lado a lado o pescoço do sujeito. Mas não foi o que vi.

Com o paciente já sob efeito da anestesia geral, abriram sua boca, fizeram uma bela limpeza com um enxaguatório e, na sequência, puxaram para baixo o seu lábio inferior.

Esticaram-lhe o beiço para que, exposto, o cirurgião Renan Bezerra Lira lhe fizesse três furos de 1 mísero centímetro, rentes à gengiva —um deles no centro, mais um à esquerda e outro à direita.

Por cada orifício passou um caninho, dentro dos quais logo enfiaram as mãos —as mãos de um robô. Pronto, o doutor Renan Lira já não iria mais operar sozinho.

O médico é o coordenador da pós-graduação em cirurgia robótica de cabeça e pescoço no Einstein e já fez perto de 250 procedimentos desses.

Isso significa que realizou quase um quarto de todas as cirurgias robóticas de tireoide assim, trans-orais, no país.

A vantagem visível da cirurgia robótica de tireoide é ficar sem qualquer marca no pescoço.

“Para alguns, pode parecer uma questão estética, mas o impacto psicológico de exibir uma cicatriz é muito individual e deve ser respeitado”, observa Renan Lira. “Erramos ao minimizá-lo, com um discurso aos homens de que a gravata cobriria tudo, por exemplo.”

Em grupos nas redes sociais, pessoas que passaram por uma tireoidectomia — o nome correto da retirada da tireoide — compartilham até mesmo o medo de serem vistas com outros olhos em uma entrevista de emprego porque, querendo ou não, o pescoço entrega que provavelmente já tiveram um câncer.

Os tumores de tireoide, diga-se, têm se tornado mais comuns e aparecem em gente mais jovem, na faixa dos 20, 30, 40 anos idade, o que ajuda a entender a vontade de se livrar da cicatriz.

No Brasil, o Inca (Instituto Nacional do Câncer) projeta que serão 13.780 novos casos até 2022 — um paciente homem para cada 11 pacientes mulheres. Até os anos 1990, diziam que o prognóstico era bem pior para os rapazes. Renan Lira corrige:

“Esqueça. Agora, flagrados mais precocemente, a taxa de cura é próxima dos 98% em ambos os sexos, só com a cirurgia ou, às vezes, com a iodoterapia junto.”

Além de evitar a cicatriz

Uma outra vantagem não é nada desprezível. Apesar de até o momento a cirurgia robótica de tireoide apresentar a mesma taxa de complicações daquela feita da maneira tradicional — em torno de 1% —, ela talvez um dia prove merecer a dianteira em matéria de segurança.

“Nela, o cirurgião preserva muito mais os nervos, os vasos e outras estruturas que estão ao redor da glândula”, repara o Sergio Eduardo Alonso Araujo, diretor médico de oncologia do hospital.

Isso faz total diferença no combate a qualquer câncer: “Ora, em outros tumores, o tratamento pode não terminar no centro cirúrgico. O paciente talvez ainda passe por quimioterapia depois”, exemplifica o oncologista.

“Portanto, quanto menor o trauma na hora extirpar o câncer, mais cedo esse indivíduo iniciará a nova etapa do tratamento e, com certeza, estará mais em forma para enfrentá-la. Aumentamos a chance de sucesso. Por isso, sempre digo que cirurgia robótica não é luxo.”

Alguns centros de referência em oncologia do país, que atendem exclusivamente o SUS, já contam com robôs. O próprio Centro de Alta Tecnologia de Diagnóstico e Intervenção Oncológica Bruno Covas, no Hospital Vila Santa Catarina — anunciado hoje pela Prefeitura de São Paulo —, terá um robô doado pelo Einstein, que já é o responsável por sua gestão e que já encaminhava pacientes com câncer atendidos ali para a cirurgia robótica em sua sede no Morumbi. Importante: “sem qualquer custo a mais”, frisa Sergio Araujo.

Observo em uma das telas da sala os movimentos de pinças e tesouras nas extremidades das mãos robóticas. Sobre uma mesa, noto: os instrumentos são do tamanho da ponta de uma caneta. Mas a impressão na imagem é de que são gigantes.

“A tecnologia serve para ampliar detalhes que a gente nunca conseguiria enxergar”, explica Nam Jin Kim, gerente do programa de cirurgia robótica do hospital. Talvez se pergunte, como eu, se uma cirurgia feita por vídeo —como a laparoscópica, no abdome — não daria na mesma. “Em ampliação, talvez. Mas, em uma cirurgia por vídeo, não é possível enxergar sob vários ângulos, como na robótica”, compara.

Enquanto o robô está debruçado sobre o paciente, cercado por médicos e enfermeiros, Renan Lira movimenta duas espécies de pinças, fazendo a cirurgia confortavelmente sentado diante de um console, com a cabeça mergulhada em um visor de realidade aumentada. Se necessário, o equipamento funde essa imagem com as de exames feitos anteriormente.

Cada um de seus gestos é imitado por seu parceiro robótico. “Note”, me pede o doutor Nam, “o cirurgião consegue uma destreza que não teria com as próprias mãos, em um espaço tão confinado”. Com o olhar fixo no telão, entendo: a tireoide está próxima de nervos. Estes, aliás, são monitorados. Os instrumentos alertam sobre qualquer aproximação indevida.

Por sinal, na vizinhança — não à toa o nome — também estão as paratireoides, glândulas delicadas do tamanho de grãos de arroz. Se arrancadas junto sem querer, a pessoa precisará de reposição de cálcio para o resto da vida. Mas não há risco. Não só pela ampliação da imagem. “O robô sempre ajusta a amplitude dos movimentos, se por acaso o cirurgião faz um gesto um pouco mais grosseiro. E também corrige eventuais tremores.”

Em outras cirurgias robóticas, podem usadas substâncias fluorescentes, capazes de ficar impregnadas por um momento em determinados tecidos. Por exemplo, em células malignas. Assim, emitem luz para o cirurgião localizar pontos de metástase invisíveis a olho nu. E ele então pode tirá-los um por um.

Antes e depois da operação

Renan Lira conta que, no início, uma das preocupações era com infecções. “Afinal, a pele do pescoço é relativamente limpa, enquanto a boca seria um ambiente mais contaminado. Isso, porém, se resolve quando a pessoa engole antibiótico oral por três a cinco dias no pré-operatório”, informa.

A tireoide, que pouco a pouco havia sido descolada, estava pronta para ser retirada. Nesse instante, o robô foi afastado e o médico se aproximou, introduzindo uma luva cirúrgica pelo orifício central. Ela serviu de saco para embalar a glândula, que seria puxada toda embrulhada. Pareceu a hora mais difícil. “É que essa é uma tireoide de tamanho médio, tentando passar por um tubo com o diâmetro de igual ao de um dedo”, justificou o doutor.

Aliás, a cirurgia robótica só é indicada quando o volume da tireoide não é muito grande ou quando um nódulo maligno não ultrapassa 2 centímetros — no caso de um benigno, até 4 centímetros são tolerados. Também não se faz a cirurgia robótica se existe a suspeita de que o tumor de tireoide invadiu outros órgãos, nem quando a pessoa já tem uma cicatriz no pescoço — afinal, aí, perde um pouco o sentido.

No final, são três pontos nos furos laterais e no máximo seis naquele central. “O paciente fica com inchaço e dormência na ponta do queixo. Mas, após três semanas, é como se nada tivesse acontecido”, garante Renan Lira.

As novas tecnologias robóticas prometem mais. “Feito um GPS, elas dão avisos ao médico como ‘90% dos seus colegas vão aqui pela direita. Será que tem certeza de que quer ir para o outro lado?'”, conta o doutor Nam. E a tendência é o desenvolvimento de mais e mais cirurgias por orifícios e canais naturais do corpo — pela boca, pelo ânus, pelos brônquios.

Mas até cirurgiões experientes com robôs, se ainda não estão craques em determinado procedimento, precisam entrar no centro cirúrgico com um proctor — um médico expert, que será o seu tutor diante da novidade. E, muito antes de chegar a esse ponto, são horas de aulas teóricas e de simuladores.

No centro de treinamento do hospital, há treze equipamentos diferentes de simulação. Ali, pareceu fácil levar a pinça do meu robô virtual para o ponto certo indicado na imagem. A coisa se complicou quando tive de usar essa pinça para pegar um fio sutura. Já a missão de fazer uma incisão em um intestino se mostrou impossível.

Tenho certeza: ao contrário do que muitos fantasiam quando ouvem falar em robótica, o cirurgião continuará sendo imprescindível para comandar as mãos metálicas. E precisará ser mais treinado e habilidoso do que nunca.

sábado, 27 de outubro de 2018

PASSEIO PELA BELA SANTA CATARINA - 11 A 21 DE OUTUBRO 2018

Dia 11-10-18
Saímos de Goiânia as 19;30 min, e rodamos durante toda a noite com destino a Joinville onde minha esposa se encontraria com parte da família "Guerreiro" para um encontro.
Até a descida da serra de Curitiba foi boa a viagem, mas nos deparamos com um engarrafamento gigante na descida e foi preciso uma boa dose de paciência. Era para chegarmos antes do almoço e com o rush, acabamos chegando quase às 15h.
Enfim, foi muito bom. Ficamos hospedados no Confort Inn que dispõe de um bom estacionamento e sua localização também é muito boa, ficando próximo ao Shopping.
Foto 1 - descida da serra de Curitiba sentido Joinville


À noite fomos no Beer Ville, no centro de eventos de Joinville. É uma versão menor da Octoberfest de Blumenau. Mesmo cansados, valeu a pena vermos e provarmos os quitutes à venda no local.
Fotos 2 e 3 - Beer Ville



Dia 13 o encontro foi num restaurante, "Angélico´s",com uma vista maravilhosa e no dia 14 fomos a Jaraguá do Sul, visitar o Parque da Malwee, onde aproveitamos e almoçamos por lá. Simplesmente imperdível.
Fotos 4, 5, 6 e 7 - Parque Malwee e Restaurante Gen Kuster.






Dia 15 encerramos a visita em Joinville e nos dirigimos a Lages para encontrar amigos e por lá almoçar. Saímos depois do café e fomos pelo interior e o trânsito estava travado. Acabamos chegando tarde em Lages e o almoço foi num restaurante onde já estava para fechar. Depois disso fomos para as serras catarinense, na propriedade do casal de amigos onde por lá ficamos até retornarmos no dia 21. Lógico que durante estes dias fizemos alguns passeios, sendo o mais importante na cidade de São Joaquim. Tudo isso com uma temperatura bem agradável.
Fotos e vídeo nas serras catarinense






quinta-feira, 21 de setembro de 2017

TIREOIDECTOMIA - 2 ANOS DE CIRURGIADO

DOIS ANOS DE CIRURGIA

Passaram rápidos e lentos ao mesmo tempo estes 2 anos de pós cirurgia.
A dosagem do hormônio tiroidiano ainda está alta (150 mcg) e segundo a minha médica, deverá ser reduzida na próxima consulta, no início do próximo ano (2018).
Tenho passado mais ou menos bem, alternando períodos bons e períodos com algum tipo de problema. O estômago ainda continua ruim e é só retirar os prazóis da vida que a azia retorna. Além disso, o meu organismo não reage muito bem a determinados medicamentos e dores muscos-esquelético sempre se fazem presentes, principalmente na altura da clavícula no lado direito.
Não sei se a idade também está ajudando nesse processo de fragilização da saúde, mas posso garantir que é “duro” ver-se em processo de degradação da mesma na medida que a idade avança.
Posso me considerar um premiado, porque meus problemas perto de outros é insignificante mas disso só sabe quem está passando.
Tenho um processo inflamatório que ainda não foi diagnosticado a não ser por exames de sangue, mas que ainda não identificaram a origem. Vou levando a vida de forma regrada e muitas das coisas que fazia, hoje não me pertencem mais. Estou fazendo atividades físicas diárias e a comida é a mais simples possível.
Estou torcendo para que quando diminuir a dosagem do hormônio, alguma coisa melhore.
Quanto ao peso, que antes de todo o problema oscilava entre 90 e 93kg, e agora está entre 85 e 86kg e algumas vezes chegou aos 88kg. Tenho mantido uma certa dieta e não jantado. Apesar disso, algumas vezes em ocasiões festivas, tenho relaxado e é quando o peso dispara.

E assim, esse é um resumo do que foi estes 2 anos de cirurgiado e rezo todos os dias por estar aqui e poder compartilhar esse humilde relato.

sábado, 2 de janeiro de 2016

TIREOIDECTOMIA

PARTE 4
Completando um mês da ingestão do iodo radioativo, o paladar ainda não retornou totalmente, sendo que para doces está normal, mas para salgados (comidas em geral) ainda não sinto o gosto do sal direito. Enquanto para os outros está bom de sal, para mim está sem nenhum.
Também as dores nas costas, notadamente na escápula ainda dão o ar de sua graça todos os dias, só que em menor intensidade. Semana passada, fui acometido de uma bela gripe que custou a ir embora mesmo usando antigripais, azitromicina (garganta inflamada) e vitamina C. Creio que minha imunidade ainda está bem baixa e acho também que exagerei nos treinamentos físicos, que fiz sempre que estava disponível. Deve ter contribuído para o agravamento da dor na escápula. Continuo ainda com o remédio da gastrite e os enjoos melhoraram, mas continuo ainda sem muito apetite.
Como estou em outro Estado e só retornarei à Goiânia próximo a segunda quinzena de janeiro, tento me manter estável e exercícios só quando estou me sentindo bem, mesmo assim uma caminhada leve. Assim que retornar, devo fazer a checagem da dosagem da levotiroxina e outros exames relacionados às dores .
De resto, é manter a fé que tudo vai ser superado e seja o que Deus quiser!


domingo, 6 de dezembro de 2015

TIREOIDECTOMIA

PARTE 3
A preparação para receber o iodo 131 começou 11 dias antes da aplicação do iodo, que é a dieta do iodo empobrecido, a retirada do hormônia T4 na sexta, sábado e domingo, as injeções do Thyrogen e o exame de sangue do nível de TSH.
A dieta do iodo pobre me deixou meio enfraquecido já que não vinha muito bem por problemas gástricos e de ajustes de dosagem do T4. Mas fiquei ruim mesmo foi após a segunda injeção do Thyrogen. À noite, bateu um mal estar e um calor com suor melado que me fez buscar ajuda da médica. Ela disse que era normal, pois as injeções aumentavam o TSH para que o iodo 131 tivesse o efeito desejado. Realmente ela tinha razão. O exame do TSH deu 100,30 uIU/ML  enquanto o normal é 0,35 - 4,94 uIU/ML.
Dia seguinte, na quinta feira, foi a internação. Recebi todas as orientações, inclusive sobre roupas e objetos que não podem ficar no quarto e aquilo que ficar não sai. Uma hora depois veio a enfermeira toda paramentada com a proteção de radiação e um recipiente azul que parecia bem pesado onde estava a cápsula. Despejou-a num copo plástico e disse para mim enjeri-la com dois copos de água, recomendando que eu tomasse 3 litros de água por dia, a fim de facilitar a redução da radiação no corpo, pois a maior parte a expelida pela urina.
No primeiro dia foi tranquilo e ainda consegui almoçar bem sem nenhum problema como enjoo ou mal estar. À noite já foi um pouquinho mais problemático, pois comecei a me sentir um pouco claustrofóbico devido o quarto ser todo fechado sem ao menos você pode ver o exterior. Dia seguinte o enjoo, dores musculares se acentuaram notadamente na altura da escápula direita onde já tinha uma lesão ainda não curada totalmente, se irradiando pela lateral das costas e no coxa direita. Não consegui almoçar, mas também pela comida ser de um restaurante e estava bem "pesada" com muita gordura, o que eu achei um absurdo. Consegui comer durante o segundo dia, apenas o pão e algumas frutas e muita água. Cabe salientar também que foi servido pela manhã uma água com limão para bochechar e jogar fora e chupar balas ácidas que servem para estimular a salivação.
À noite foi feita uma medição da radiação no corpo e deu 25 o que era muito alto para quem ir sair no dia seguinte. O enfermeiro perguntou se eu não estava tomando água e eu respondi que já tinha tomado mais de 5 litros de água e que faltava bem pouco para os 6 litros recomendado. Fiquei acordado quase que a noite toda e aproveitei para tomar um banho e trocar a roupa contando os minutos para chegar as 7h da manhã de sábado, prevista para minha alta.
As 6:45h de sábado interfonei para o enfermeiro, dizendo que já estava pronto e o mesmo veio medir a radiação, que deu 17, sinal que o banho e a troca de roupa ajudaram na redução do índice.
Saindo da clínica, fui direto ao laboratório para a coleta do sangue para o TG e anti TG, cujo resultado pegarei na semana seguinte onde, também, terei que fazer o PCI.
Agora é esperar que tudo corra bem o nosso bom Deus ajude a transcorrer tudo bem.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

TIREOIDECTOMIA

PARTE 2
Três dias após a alta, fui ao médico para uma rápida olhada na cirurgia e para não sair ileso à visita, foi feito o procedimento de retirada de líquido com uma seringa gigante e a massagem no edema. Putz, mas dói muito!
Oito dias depois, fui ao médico para o corte dos pontos, já que a linha interna o organismo se encarregará de absorver. Nestes dias que antecederam, usei uma pomada para massagear o local e facilitar a diminuição do edema.
O problema maior foi a sensação de enforcamento e falta de ar que eu sentia à noite. Várias vezes acordei em pânico, suando bastante e com a pressão alterada pensando que ia "bater as botas", tal o mal estar que sentia. Foi desesperador este período.
Para completar o quadro caótico, o estômago e o figado ruins contribuíram para o todo. Começaram a vir os enjoos, náuseas e a sensação de um nó na garganta que perduram até hoje, só que com menor intensidade. Fiz várias consultas paralelas, com gastros, clínicos gerais, exames de toda a ordem, como tomografia do abdômen, colonoscopia, raio X, exames de sangue e nada de se descobrir a origem dos problemas.
Numa mudança de gastro, a médica sugeriu que poderia estar havendo interação entre medicamentos e foi mudado o da gastrite "Gastrium" pelo "Tecta" de 40mg, cujo o preço é salgadíssimo, mas foi o que melhorou os sintomas.
Hoje, passou 1 ou 2 dias bons e no terceiro tenho um ligeiro mal estar, principalmente na parte da madrugada. Creio que vou mudar o horário da medicação que está assim: quando acordo tomo a Levotiroxina e 30 minutos depois o Tecta e ai aguardo mais 30 minutos para então poder comer. Vou mudar para tomar pela manhã, quando acordar, somente a Levotiroxina e as 11 h tomarei o Tecta, repetindo as 23h. Depois postarei o resultado desta mudança.
Ontem, dia 23/11, fui ao Oncologista para consulta sobre os procedimentos da aplicação do Iodo radioativo e ficou acertado que esta semana faria a dieta do empobrecimento do nível de iodo no corpo e também a partir de sexta-feira, a retirada do hormônio T4 até o início da aplicação do iodo. Vamos ver como meu organismo irá se comportar a estas mudanças.
Abaixo, posto uma foto de como está a cicatriz. Acho que para dois meses, está excelente. Como disse o cirurgião: "está uma obra de arte" rsrs

sábado, 21 de novembro de 2015

TIREOIDECTOMIA (Relato Pessoal)

PARTE 1
Resolvi fazer o relato da cirurgia a que me submeti, pois pode ajudar outras pessoas que porventura tenham que se submeter a este procedimento.
Hoje completa 2 meses que tive que me submeter a cirurgia de tireoidectomia total.
Ao chegar de uma viagem em agosto passado, fiz os exames de rotina da tireoide e como já fazia algum tempo da última punção dos nódulos, fiz também e o resultado foi desanimador, com o diagnóstico de suspeita de malignidade (grau 4).
A médica endocrinologista com que eu consulto aqui em Goiânia (Dra. Lilian) fez os esclarecimentos necessários e recomendou que quanto mais cedo eu fizesse a cirurgia, melhor seria a probabilidade de cura.
Não perdi tempo e fui atrás do cirurgião de cabeça e pescoço que ela indicou, Dr. José Carlos, que por sinal um excelente profissional. Não usei nem o plano de saúde e fiz a consulta particular para ganhar tempo. De posse da relação de exames pré-operatórios, corri atrás e no dia 21 de setembro passado me internei no Hospital Araújo Jorge para o procedimento. Confesso que ao adentrar à unidade me deu um desânimo devido ao número de gente e as condições adversas que a maioria se encontrava. Com certeza eram pacientes que não tinham planos de saúde e tinham que se submeter a estas condições.
Entrei para a sala de cirurgia por volta da 11h e só retornei ao quarto quase às 16h, devido a recuperação do efeito da anestesia e da própria cirurgia que é feito num ambiente próprio.
Enquanto se está sob o efeito da anestesia é tudo de bom, mas a medida que se volta ao normal começa, não vou dizer sofrimento porque ainda não o é, mas os incômodos do edema em torno do pescoço e da pressão na traqueia que trás uma impressão que você está sendo enforcado.
Na primeira noite, de 20 em 20 minutos tem-se que bombear manualmente um dreno que fica colocado ao lado do corte para retirar o sangue e líquido remanescente da cirurgia, se bem que isso não é atrapalho já que não se consegue dormir mesmo.
Dia seguinte, próximo a hora do almoço, o médico faz um exame rápido e vê que tudo está bem resolvendo assim liberar a alta. O curativo é trocado e o dreno retirado e ai vem a parte "boa": com uma gaze enrolada o médico pressiona o edema, massageando-o de lado a lado. Pense numa dor!
Voltando um pouco, o declínio emocional começa quando você recebe o diagnóstico da moléstia. Mil e uma coisas passam pela cabeça e sempre ruins. Por mais que você queira pensar positivo, os maus pensamentos predominam.
Com alguns dias, você vai assimilando e no meu caso, procurei ler tudo a respeito sobre a doença, cirurgia, pós e manutenção.
A ajuda da família é fundamental para você conseguir correr atrás dos exames, autorizações, etc.
Como notícia ruim nunca vem só, fui diagnosticado logo após receber a notícia, com uma pangastrite severa e esofagite. Sempre tive gastrite e o meu emocional abalado deve ter contribuído para a piora. Numa noite, acordei na madrugado suando, com a pressão alta e uma sensação de pânico e o jeito foi ir bater na emergência do Hospital Amparo em Goiânia, onde depois de medicado, fiz exames e saiu o diagnóstico gástrico.